Como delegar atividades em uma unidade judiciária?

Delegar atividades constitui importante medida para alcançar elevada produtividade. Faz parte da gestão inteligente porque é o reconhecimento da notória incapacidade que os líderes têm de realizar todas as tarefas pessoas.

Pensando nisso, mostraremos nesse post como o magistrado pode delegar atividades para os seus colaboradores da forma correta e eficiente. Confira o nosso conteúdo a seguir e boa leitura!

O que precisa ser observado antes de delegar atividades?

O juiz que muito concentra a prática dos atos processuais normalmente administra vara com muitos gargalos. Ainda que os processos tenham célere tramitação, esbarram no congestionamento que se forma no gabinete do magistrado.

Atos ordinatórios costumam ser o meio encontrado para se delegar atribuições. Vista dos autos, cientificação de atos até a designação de perícias ou marcação de audiências podem ser feitos por atos ordinatórios, especialmente em processos repetitivos como aqueles que tramitam no Juizado Especial.

A delegação da prática de atos não pode, contudo, conferir poderes a ponto de os servidores proferirem decisões liminares, tutelas antecipadas e sentenças, por exemplo.

Quais são as vantagens da delegação de atividades? 

Ao delegar, o magistrado está contribuindo para motivar a equipe e assumir responsabilidades, o que reflete diretamente na autoestima e produz resultados melhores.

A delegação de funções traz melhora à qualidade de vida do líder porque não se afoga em infinidade de atribuições que não conseguiria desincumbir-se individualmente. Além disso, melhora a qualidade de vida do próprio integrante da equipe pois permite a ele crescer com o time e evoluir profissionalmente.

 

Afinal, como realizar a delegação de atividades?

O juiz que tem consciência de que sozinho é incapaz de realizar o trabalho, forma, quase que naturalmente, equipe que soma competências para minimizar as deficiências dele mesmo e, com isso, multiplicar os benefícios para a instituição.

O magistrado, por exemplo, deve encarregar-se pessoalmente do primeiro despacho do processo, pois, nesse momento, verifica se haverá ou não necessidade de produção de provas ou se já pode julgar após a contestação.

Com o passar do tempo, uma vez estabelecidos padrões de despacho para as matérias que ordinariamente chegam à unidade, torna-se possível delegar a análise inicial dos processos, em conformidade com diretrizes e orientações previamente estabelecidas. Outras tarefas, porém, de maior simplicidade, podem ser delegadas sem que o magistrado precise estabelecer pessoalmente padrões prévios.

A crescente demanda judicial não justifica que servidores funcionem como sucedâneo do juiz, mas a flexibilidade constitui requisito importante, quer  na concretização dos diferentes mecanismos de avaliação do volume processual e da carga de trabalho, quer nas respostas a desenvolver. Trabalho bem feito e organizado é capaz de potencializar a força laboral do magistrado.

Portanto, delegar atividades não consiste em simplesmente mandar, mas sim comandar. O líder que delega tarefas precisa ter bom conhecimento sobre os integrantes da equipe, pois só assim sabe o que esperar da pessoa a quem transmitiu a tarefa.

Se você curtiu esse post sobre delegação de atividades, continue se informando sobre o assunto e entenda como lidar com a urgência e a importância dentro de uma unidade judiciária

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