A liderança é fator fundamental para o êxito do modelo de gestão e tem função determinante no estímulo e na produtividade dos servidores. Assim, o magistrado, exercendo a atribuição de líder, deve fazer-se presente nos encontros de gestão, na secretaria da vara e constatar interesse no trabalho que lá se exerce, por meio de análises diárias, observação da conduta dos colaboradores e atenção a temas e questões que lhe são dirigidos.
Se o magistrado não oferece suporte ao modelo de gestão, mais difícil será alcançar um sistema eficiente. E o suporte judicial é melhor manifestado por meio da liderança e comprometimento. Assim, mostraremos nesse post dicas de como exercer a liderança em uma unidade judiciária. Boa leitura!
Ter “presença” é importante!
A “presença” também pode ser percebida no exame dos autos, por meio do controle dos atos processuais praticados. No momento de assinar ofícios, cartas precatórias e mandados, por exemplo, o magistrado verifica a data em que foi proferida a determinação judicial que está sendo cumprida e verifica se transcorreu ou não prazo dilatado para a execução do ato, dependendo se qualquer dos atos ocorrer em momento mais próximo ou mais longínquo do ato que o precedeu.
Ao assinar os despachos, o juiz pode, mesmo por amostragem, examinar a sequência dos últimos atos praticados, a fim de apurar se a ação tramita regularmente em linha reta, se caminha em passos trôpegos ou se retorna a fases já preclusas. Ele será capaz de identificar situações em que a definição do método de trabalho e a execução da tarefa concreta dependerá da organização de cada setor e de cada servidor. Esse mesmo comportamento vigilante e crítico é comum à reunião de gestão.
Realizar reuniões de gestão!
Realizar reuniões de gestão sem a presença do juiz e apenas supervisionada pelo escrivão/diretor de secretaria é melhor do que não realizar nenhuma reunião. Mas a situação ideal exige a presença do juiz, para atribuir ao ritual de gestão a importância que tem como espinha dorsal do novo modelo de trabalho.
Não é conveniente que o magistrado se enfurne no gabinete, mantenha pouco ou nenhum contato com os servidores e permaneça insipiente acerca do que acontece na secretaria. Condutas extravagantes, exigência de tratamentos diferenciados e de rituais extremamente formais por aqueles que o cercam costumam criar cortina de distanciamento e desmotivação.
Bom relacionamento com os servidores!
Dar o exemplo por meio de condutas operacionais e gestoras eficientes, bom trato com os servidores e respeito pela coisa-pública consiste em forma indireta de motivação e contribui para incrementar o comprometimento necessário ao alcance dos objetivos.
Aspecto crítico do modelo de gestão assenta-se no relacionamento entre magistrado e escrivão/diretor de secretaria. Não é nova a noção de que a unidade judicial será melhor administrada quando juiz e escrivão/diretor trabalhem juntos como equipe na gestão.
Contar com o auxílio do escrivão/diretor de secretaria!
Na gestão de pessoas o escrivão/diretor de secretaria deve estar atento aos servidores, identificar as habilidades e fraquezas deles, realocando-os de acordo com o potencial de cada um e fomentando o desenvolvimento de competências. Também deve ser sensível à realidade vivida por eles. Ao primeiro sinal de desânimo, redução de produtividade ou desinteresse, ele deve intervir, questionando o servidor e apresentando propostas para melhoria do trabalho.
Enfim, o magistrado e o escrivão/diretor de secretaria devem assumir e exercer o papel de líderes. Portanto, a liderança executada com estratégias de gestão é um fator de muita importância no sucesso de qualquer unidade judiciária.
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