No Brasil, as pessoas tendem a resolver os seus conflitos de forma judicial, mesmo com a existência de estratégias como mediação, conciliação e arbitragem, por exemplo. Todavia, a baixa eficácia desse meio de solução de divergências é evidente, principalmente com a demora no julgamento das decisões judiciais.
Diante disso, não bastam soluções legais e pré-processuais para aprimorar o Judiciário brasileiro, mas sim um modelo de gestão processual. Porém, são diversos os obstáculos que impedem a aplicação dessa estratégia.
Pensando nisso, mostraremos nesse post as 3 principais dificuldades na implementação da gestão processual no Judiciário, como solucionar tais problemas e por que essa é a melhor saída para ampliar a eficiência das unidades judiciárias. Veja!
Ensino Jurídico Nacional
O primeiro empecilho no investimento de uma gestão processual no Judiciário diz respeito à falta de preparo e conhecimento sobre Administração nos profissionais e bacharéis em Direito. A formação exclusivamente jurídica limita a atuação dos colaboradores do Poder Judiciário nesse assunto, prejudicando consideravelmente na produtividade e celeridade processual.
Como os cursos de Direito são essencialmente dispositivos e altamente metodológicos em conteúdos jurídicos, observa-se que as técnicas de trabalho em equipe, organização de metas e rotinas são esquecidas. Como solução, é relevante incentivar o estudo e aprofundamento de técnicas de gestão processual por meio de livros e exposição de conteúdos específicos nas unidades judiciárias.
Baixa meritocracia
Progredir ou não em seus serviços prestados é uma tarefa indiferente para os colaboradores sujeitos ao critério da antiguidade. Posto isso, o ideal seria que as movimentações na carreira judicial se baseassem em aptidões de liderança, comportamento gerencial, agilidade, inteligência na resolução de conflitos e contínuo aperfeiçoamento técnico-científico.
Ausência de administradores judiciais
Outro ponto relevante e que interfere de forma considerável na gestão processual é a ausência de profissionais da área de Administração no sistema judicial do país. Profissionais com habilidades de gestão poderiam contribuir para a estruturação e orientação organizacional da rotina, do espaço físico e das metas a serem cumpridas.
A implantação de cursos e consultorias voltadas para a administração judicial aplicada já se mostram como soluções interessantes para esse problema, uma vez que os cargos de confiança de unidades judiciárias não possuem capacitação para auxiliar nesse obstáculo.
Portanto, como podemos observar, esses são apenas alguns obstáculos que impedem a implementação da gestão judicial. No entanto, esse modelo é uma solução que vem se mostrando altamente eficiente e benéfica para o Poder Judiciário, com resultados positivos em diversas unidades judiciárias brasileiras.
Vale lembrar que os empecilhos abordados não impedem a aplicação de práticas de administração judicial, inclusive se mostram como soluções menos onerosas e mais imediatas para se alcançar melhores resultados.
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