Como implantar um modelo de gestão em uma unidade judiciária? Entenda nesse post.

A prática do modelo de gestão em uma unidade judiciária equipara-se, em certo alcance, à condição de uma pessoa sedentária, com excesso de peso, que deseja tornar-se um atleta.

 

O primeiro passo a ser considerado por ela deve ser: procurar um médico, que solicitará diversos exames e irá propor objetivos a serem cumpridos. Durante o tratamento, o profissional acompanhará o esforço concentrado da pessoa em busca de seu propósito inicial, que adquirá hábitos saudáveis e tentará mantê-los. Por fim, um personal trainer atuará na manutenção do desempenho.

 

Pensando no âmbito do Judiciário, essa estratégia também pode ser aplicada, observando algumas especificidades. Dessa forma, mostraremos nesse post como implantar esse sistema nas unidades judiciárias. Acompanhe!

 

Etapas da implantação do modelo de gestão

 

A implantação do modelo de gestão passa por etapas específicas, em que cada um dos pilares é gradualmente definido. Confira quais são essas etapas a serem seguidas nas unidades judiciárias, de forma detalhada:

 

1ª Etapa: Análise Situacional

 

A primeira coisa a ser feita é escutar individualmente os colaboradores da unidade por meio de entrevistas semiestruturadas. Essas entrevistas permitem apurar as percepções sobre os métodos de trabalho, divisão de tarefas, as dificuldades enfrentadas, peculiaridades do exercício dessas atribuições, dentre outros.

 

Esse questionário será um guia para determinar os objetivos e as estratégias que precisam ser tomadas com base nos problemas enfrentados pelos profissionais que prestam serviços diariamente na unidade judiciária.

 

2ª Etapa: Melhoria Sensível

 

Concluído o diagnóstico, é o momento de dar início ao tratamento. É o momento de estabelecer projetos para acompanhamento e estabelecer rotinas, que devem ser simples, objetivas e constantemente repensadas.

 

A agenda de eventos deve ser estruturada, com previsão de reuniões mensais de gestão. Começa-se a definir quem faz o quê para conquistar as melhorias de mais fácil alcance, além de priorizar esforços.

 

3ª Etapa: Manutenção

 

Nesse momento, a equipe já entende muitos conceitos de gestão e começa a modificar o vocábulo incluindo novos termos como “gargalos”, “metas e indicadores”, “sincronização”, “melhoria contínua”, etc.

 

Depois que o ciclo de gestão é rodado várias vezes, a equipe compreende o espírito da mudança e chega o momento de manter o que foi atingido. E não só manter, mas progredir, como reflexo da ideia já desenvolvida da melhoria contínua, ainda que a evolução seja menos sentida, se comparada com os primeiros meses.

 

Primeiro Ritual

 

Nesse ponto, as etapas já foram cumpridas, e é o momento em que os setores apresentam os seus indicadores e metas, bem como compartilham conhecimento e expõem não conformidades. Além disso, as unidades judiciárias planejam o que fazer para o próximo ciclo.

Portanto, as práticas incorporadas à rotina das unidades judiciárias propiciam a redução do retrabalho, com a eliminação das triagens; redução do extravio de autos; a maior integração entre os setores com o entendimento dos problemas de cada um, entre outros.

Se você quiser se informar mais sobre temas relacionados, leia agora o nosso post sobre os principais obstáculos à gestão processual e como superá-los!

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