MESA DE ABERTURA – da esq. para dir.: consultor Luís Antônio Capanema Pedrosa; Diretor do Foro, juiz federal André Prado de Vasconcelos, e juiz federal Carlos Henrique Borlido Haddad
Fonte: https://portal.trf1.jus.br/sjmg/comunicacao-social/imprensa/noticias/curso-prepara-varas-federais-para-a-adocao-de-um-novo-modelo-de-gestao.htm
Em março deste ano, teve início a 1ª fase do curso “Implantação Prática do Modelo de Gestão Judicial” na Seção Judiciária de Minas Gerais. A ação de capacitação é uma iniciativa da Diretoria do Foro da seccional mineira, com o apoio da Seção de Formação, Capacitação e Aperfeiçoamento de Servidores (Sefas)
As seis unidades judiciárias participantes são as 9ª, 21ª, 25ª e 30ª varas federais, a 3ª relatoria da 4ª Turma Recursal de Belo Horizonte e a Subseção Judiciária de Manhuaçu – esta última participa do treinamento por videoconferência, nos encontros in loco, e pelo canal do You Tube, nos encontros coletivos.
Devido ao número limitado de vagas, a participação no curso foi determinada através de um sorteio entre as unidades interessadas, após a realização de uma palestra de sensibilização, no dia 18 de fevereiro, destinada aos magistrados e servidores. Os palestrantes e responsáveis pelo curso, o juiz federal Carlos Henrique Borlido Haddad e o Diretor Presidente da Consultoria MARPEL, Luís Antônio Capanema Pedrosa, falaram sobre os objetivos do treinamento e esclareceram dúvidas dos presentes.
O Diretor do Foro, juiz federal André Prado de Vasconcelos, durante a abertura do evento, contextualizou o curso no cenário de reestruturação dos serviços da SJMG, uma das principais pautas do Centro Local de Inteligência (CLI-MG).
O curso, através da metodologia “aprender fazendo”, objetiva melhorar as rotinas gerenciais de processos através da adoção de um novo modelo de gestão. A ação de capacitação, dividida em duas fases, terá seis encontros coletivos, no auditório do Euclydes Reis Aguiar, e sete in loco, nas unidades judiciárias participantes.
O juiz federal Carlos Henrique Borlido avaliou o andamento do curso, cuja primeira fase foi encerrada no dia 10 de junho, com a realização da 4ª aula coletiva.
“Foram selecionadas unidades judiciárias de variadas especialidades para a implantação do modelo de gestão. Cada uma com suas peculiaridades e desafios. No início, é natural que fiquem intrigados sobre o que vai acontecer. Com o passar do tempo as resistências começam a cair e os resultados, a aparecer. Juízes e servidores passam a conversar sobre como o trabalho pode ser aprimorado. As coisas são tiradas do lugar. Cada setor começa a se preocupar com o outro. Tem início a medição das atividades por meio de indicadores. A rica inteligência coletiva que existe em cada unidade judiciária é ativada e vitaminada. Planos de trabalho são estabelecidos, metas são definidas e as não conformidades que surgem são trazidas para discussão nas reuniões que se realizam mensalmente”.
“É interessante perceber que, sem recursos financeiros adicionais e sem força de trabalho extra, a produtividade aumenta, o ambiente de trabalho melhora e o próprio layout da vara sofre transformações. Acredito que magistrados e servidores têm gostado da experiência, uma forma de ter novo olhar para a Justiça. Na metade da caminhada, alguns frutos já foram colhidos. Até o fim, muitos mais se colherão. Não tenho dúvida de que o resultado será gratificante” – refletiu o magistrado.
Curso começa a dar frutos
De acordo com o juiz federal Alexandre Ferreira Infante Vieira os resultados já começam a aparecer na 4ª Turma Recursal. “Assim que tomei conhecimento do projeto ‘Implantação Prática do Modelo de Gestão Judicial’, logo me interessei e inscrevi minha unidade jurisdicional, pois já tinha conhecimento da excelência dos trabalhos desenvolvidos há anos pelo colega Carlos Henrique Borlido Haddad em conjunto com o engenheiro e consultor Luís Antônio Capanema Pedrosa. Estou muito satisfeito com o curso e os resultados práticos já apareceram no trabalho de minha equipe, pois as técnicas de gestão judicial que nos são ensinadas são bastante efetivas e de fácil implantação. Como único representante das turmas recursais nesse projeto, sinto orgulho de participar dessa experiência, que traz resultados relevantes na redução do tempo médio de julgamento dos processos, o que é, provavelmente, a principal demanda da sociedade brasileira em relação ao Poder Judiciário”.
Para a Diretora de Secretaria da 9ª Vara Federal, Mônica de Deus Gil, o curso tem sido uma oportunidade para a equipe da unidade judiciária crescer pessoal e profissionalmente.
“A 9ª Vara Federal foi selecionada para participar do projeto ‘Implantação Prática do Modelo de Gestão Judicial’ juntamente com outras varas da Seção Judiciária de Minas Gerais. O projeto foi iniciado em fevereiro de 2019 e, desde então, foram realizadas cinco reuniões, nas quais foram transmitidos ensinamentos que podem auxiliar a melhorar a gestão na Vara Federal e também discutidas situações concretas do trabalho a fim de encontrar as melhores soluções para cada caso.
Os magistrados e servidores estão participando ativamente dos encontros e, mais, estão engajados no esforço de melhorar os processos de trabalho na 9ª Vara Federal.
Só temos a agradecer a oportunidade, pois o projeto veio de encontro aos nossos anseios por melhorias no trabalho e crescimento pessoal e profissional de todos que compõem nossa equipe” – declarou a Diretora.
O juiz federal da 30ª Vara Federal Sílvio Coimbra Mourthé destacou o aumento da percepção dos fatores que colaboram para diminuir a produtividades. “O que achei mais interessante foi a forma de abordagem feita pelos gestores (Dr. Carlos e Dr. Luís Antônio), em relação a temas que são corriqueiros no dia a dia de uma vara de justiça.
Os gestores explicam de forma bastante elucidativa, reportando exemplos do dia a dia, e de uma forma muito didática, sem contar a sinergia entre eles, trazendo exemplos fáticos que impactam negativamente, de forma silenciosa, um ambiente e a produtividade de uma Vara e que, muitas das vezes, são episódios considerados de pouca relevância.
Após esta abordagem, passamos a ver que esses episódios, se analisados de forma contextual, fazem a diferença no dia a dia de uma Vara, seja quanto ao aspecto do relacionamento entre os integrantes ou em relação à entrega da prestação jurisdicional mais célere” – analisou o juiz federal.
O curso terá, ao todo, 108 horas de carga horária, sendo 24 horas-aula de encontros coletivos para todas as varas participantes e 14 horas-aula de monitorias in loco nas 6 unidades judiciárias.