Conheça os 3 horizontes de planejamento judicial e como se beneficiar disso

Um bom gerenciamento estratégico em unidades judiciárias pode gerar  importantes benefícios como, por exemplo: a eficiência e a otimização no cumprimento das metas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o aumento da produtividade na prestação de serviços, o fortalecimento do papel do magistrado, a profissionalização da gestão judiciária, dentre outros.

As construções dos objetivos citados estão amplamente ligadas à execução do planejamento estratégico. A forma como os projetos e as atividades propostas são conduzidas, contribuem para o bom desempenho das unidades judiciárias. Compreender a dinâmica desse planejamento é fundamental.

Dessa forma, mostraremos nesse post os 3 horizontes de planejamento judicial e a vantagem de cada um deles para o alcance dos objetivos no âmbito do Poder Judiciário. Veja!

Definição de planejamento

O planejamento pode ser conceituado como uma ferramenta administrativa que proporciona uma maior percepção da realidade na execução de um projeto, bem como na avaliação de caminhos e na construção de um referencial futuro.

A palavra “planejar” está amplamente associada à antecedência como determinadas tarefas são executadas, cobrindo o espaço entre onde um projeto se encontra e para onde se quer ir.

No contexto do Poder Judiciário, o planejamento é essencial para estruturar com clareza as demandas processuais, tendo-se a certeza de que tudo será cumprido no prazo determinado.

Horizontes de planejamento judicial

Com a ciência de que um planejamento precisa ser realizado nas unidades judiciárias, é relevante compreender como as ideias estabelecidas nessa estratégia serão conduzidas em um período de tempo. Diante disso, vamos identificar os horizontes de planejamentos possíveis a serem aplicados no Judiciário. Confira:

Estratégico

Se pensarmos nos horizontes de planejamento judicial como uma pirâmide, o estratégico ocupa o topo dela. É caracterizado pelo estabelecimento de objetivos globais e de longo prazo.

Em pequenas unidades judiciárias, é definido um prazo de um ou dois anos, tipicamente. Já em grandes organizações, estados e cidades, esse intervalo de tempo pode chegar a dez anos.

Os indicadores de mudança no horizonte estratégico se alteram com lentidão, e, por esta razão, podem gerar frustrações, caso sejam acompanhados mensal ou semanalmente, por exemplo.

Tático

O horizonte tático é definido por objetivos gerenciais e de médio prazo. Desta forma, é composto por metas mensais, que facilitam o acompanhamento da equipe no atingimento ao longo da trajetória.

Como exemplo, em uma determinada unidade judiciária com elevado número de documentos detidos para juntada nos autos, a meta preestabelecida foi atingida em três meses, após um eficiente esforço dos profissionais.

Operacional

Por fim, o horizonte de planejamento operacional é a base da pirâmide, e é caracterizado por objetivos individuais e de curto prazo. É a etapa com maior nível de detalhamento, com a implantação de atividades específicas em um prazo não superior a seis meses.

Geralmente são fixadas atividades práticas e ações específicas —  integradas entre si —  e que devem ser cumpridas como uma rotina, a fim de alcançar os demais horizontes da pirâmide, que estão integradas umas com as outras.

Portanto, os projetos são definidos como esforços concentrados que possuem um início, meio e fim, com o intento de atingir uma conquista. Apesar de serem diferentes da rotina, os projetos bem executados podem se transformar em novos hábitos, incorporados nas unidades judiciárias que realizaram um planejamento estratégico. Assim, utilizar os diferentes horizontes e escopos possibilitam resultados benéficos para a Justiça.

Se você curtiu o nosso post e quer se informar mais sobre o assunto, leia agora o artigo elaborado pelo juiz federal Carlos Haddad sobre a Administração na Justiça.

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